Cientistas da Universidade de Lund, Suécia, acreditam que imitar a dieta do paleolítico é o melhor método para controlar a Diabetes Tipo 2. As refeições dos antigos colectores e caçadores resumiam-se, basicamente a frutas, vegetais, frutos secos e peixe e carnes magras.
O estudo, publicado na revista "Diabetologia", não envolveu um número representativo de pessoas – ao todo 29 indivíduos com histórico de intolerância à glicose ou diabetes Tipo 2 –, mas é o primeiro que se debruça sobre o efeito da dieta do paleolítico em humanos, refere uma nota de imprensa do Conselho Sueco de Investigação (SRC, na sigla original).
Durante noventa dias, os médicos recomendaram uma dieta mediterrânica saudável (cereais integrais, lacticínios magros, vegetais e gorduras consideradas saudáveis como o azeite) a 15 pacientes, ao passo que aos restantes voluntários foi prescrita uma ementa semelhante à da Idade da Pedra Lascada, na qual os grãos, os lacticínios e o sal estavam proibidos. Após 12 semanas, todos os pacientes que comeram à moda do paleolítico apresentavam não só níveis normais de glicose, assim como uma resposta insulínica 19% inferior à do grupo da dieta mediterrânica.
O interesse de Staffan Lindeberg, membro do Departamento de Medicina da Universidade de Lund que coordenou a investigação, procura compreender há muitos anos os efeitos que as dietas antigas têm na saúde humana. Casos curiosos, como o de algumas populações nativas, aguçaram ainda mais a sua curiosidade: os habitantes das ilhas de Kitava e Trobriand e de Papua-Nova Guiné, onde a comida de origem agrícola simplesmente não existe, "apresentavam uma notável ausência de problemas cardiovasculares ou diabetes", refere o comunicado.
Fontes: Público e Imprensa Internacional
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