Um estudo publicado na revista “American Journal of Epidemiology” revela uma associação entre o conteúdo e qualidade da água e a doença inflamatória do intestino (DII).
O estudo, liderado por Geir Aamodt, do Institute of Public Health, na Noruega, analisou a água ingerida pela população da zona sul do país. Foram avaliados os parâmetros de ferro, alumínio, acidez (pH), cor, turvação e a presença do grupo de bactérias coliformes. Constatou-se que o risco de DII, incluindo a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, foi associado a uma elevada presença de ferro.
O risco relativo de desenvolver DII subiu 21% quando a presença de ferro na água aumentou 0,1 mg/L. Não foram observadas associações entre DII e conteúdo de alumínio, cor e turvação da água.
Na revista, os autores explicam os resultados por dois mecanismos: umprimeiro reside no facto da concentração de ferro funcionar como um catalisador para o stress oxidativo, que conduz a inflamação e/ou aumento da taxa das mutações celulares; a segunda explicação refere que o conteúdo de ferro pode estimular o crescimento de bactérias e aumentar a probabilidade de respostas imunes inapropriadas em indivíduos geneticamente predispostos.
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