O consumo de ómega-3, existente no peixe, diminui o risco de morte cardíaca, em especial, no homem. Por seu turno, na mulher, o efeito do ómega-3 é potenciado se este ácido gordo for ingerido através da soja ou de tofu, revela um estudo apresentado no encontro anual da American Heart Association.
Estudos científicos têm comprovado que o consumo de ácidos gordos ómega-3 contribui para a diminuição do “mau” colesterol (LDL), enquanto favorece o aumento dos níveis do “bom” colesterol HDL), ajudando na prevenção de doenças cardiovasculares.
Para este estudo, os investigadores da University of Hawai, nos EUA, analisaram a origem, tipo, quantidade e a frequência de ingestão de ómega-3 em 82.243 homens e 103.884 mulheres dos estados norte-americanos de Los Angeles e Havai. Os participantes, que tinham idades compreendidas entre os 45 e 75 anos, não apresentavam antecedentes de doenças cardiovasculares e incluíam negros, brancos, hispânicos, japoneses e nativos havaianos.
O estudo revelou que, durante uma média de cerca de 11,9 anos de acompanhamento, houve 4.516 mortes relacionadas com doenças cardiovasculares. Os investigadores constataram que os homens que consumiram mais ómega-3, cerca de 3,3 g/dia, tinham um risco 23% menor de sofrerem de morte cardíaca do que aqueles que comiam apenas 0,8 g/dia.
Por outro lado, a associação entre a ingestão de ómega-3 e a redução do risco de morte cardíaca não foi tão evidente entre as mulheres. Contudo, os investigadores verificaram que, nas mulheres, um elevado consumo de ómega-3 através da ingestão de soja e tofu foi claramente benéfico em termos de protecção de doença cardíaca, dado que, para além do ácido gordo, a soja e o tofu possuem fitoestrogénios que protegem o coração.
Numa nota enviada à imprensa pela American Heart Association, o líder da investigação Lixin Meng, refere que, embora no estudo não tenha sido feita uma análise comparativa entre os vários modos de preparação do peixe, o peixe cozido ou assado faz diminuir o risco de morte cardíaca enquanto o consumo de peixe frito aumenta o risco de morte pela doença.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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